quarta-feira, 23 de setembro de 2015

E de repente ...

...ficamos adultos!
Num instante olhamos para trás e nada do que foi é.
A criança que brincava e sonhava em ser adulta.
Os pré-adolescentes com a mania que já são grandes.
Os Adolescentes que já são efectivamente grandes mas só de altura.
E começa a idade adulta, as responsabilidades, a imensa vontade de voltar atrás, a  imensa   da imensa vontade de voltar atrás.
E o atrás cada vez parece mais distante, mais difícil de alcançar. 
Mais do que isso, mais dificil de lembrar e recordar.
Se não são fotos ou videos, uma pessoa já nem se lembra do que realmente aconteceu.
Mas afinal o que é feito daquela criança que brincava eternamente, que achava que o tempo não acabava e que queria ser grande tão rápido!!!! 
Não acreditamos que o tempo passa, não queremos acreditar.
Mas depois olhamos para as fotos... vemos diferenças em nós, mas achamos piada! Tanta piada! Mas depois olhamos para os nossos primos mais novos e reparamos que também eles cresceram. 
Por ultimo, bem por ultimo, olhamos para os nossos pais ... e ai sim! Ai que dor no coração. Ai sim, temos vontade de dizer ao tempo para voltar para trás.
Ai sim.
Percebemos que somos tão pequeninos e que nada conseguimos controlar.
Como é possível sermos tão pobres de espirito, tão pequeninos, e nem damos por isso.



Que momento da tua vida escolhias se pudesses voltar atrás para o reviver? 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Surpresa!

Não gosto de surpresas, não gosto mesmo. Só daquelas que já sei que vão acontecer, o que desta forma deixa de ser surpresa. Quer dizer, deixar, não deixa, porque eu não tenho que saber exactamente o que é, só saber que vai haver uma surpresa.
Talvez o meu problema seja o oculto, ou talvez seja o eu perceber sempre que se passa alguma coisa. Não gosto de mentiras, não as suporto, nem as omissões, que para mim vão dar mais ou menos ao mesmo.
Não gosto de sentir que algo se passa e que eu não percebo o que é. Que as pessoas não sejam claras, que façam jogos psicológicos.
Eu sei que também os faço,  eu sei que "faz parte", mas eu sei que quando os faço não é com intenções de prejudicar alguém. Sei também que os que a maioria das pessoas fazem é sempre para afectar alguém. E isso a mim magoa-me, Tira-me o sono. Faz-me sentir raiva e ódio. E por não gostar desses sentimentos ainda me faz sentir pior. Odeio sentir-me assim, Mais do que isso, odeio que me façam sentir assim.
Ultimamente, é a única coisa que sabes fazer. 
Fazer-me sentir desta forma.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A parte ridícula do Facebook !

Às vezes gostava de explicar as crianças que além de não terem idade para ter facebook, que o mesmo não serve para contar a vida toda deles, muito menos que não está ninguém a falar com eles no chat, nem para dizer "põe gosto e eu avalio-te de 0-10 ". O Fb não serve para adicionar todas as pessoas, não serve para mandar "toques" a toda a hora, como na altura em que não existiam mensagens nem chamadas gratis e o toque significava um "estou a pensar em ti!"...  (Na verdade significava: "extou a penxar em ti xuxu! *-*")
Também gostava de lhes dizer que não interessa a ninguém se o X é o melhor amigo do Y se no minuto a seguir se estão a insultar com as letras todas para o Mundo ver!
No entanto, há outro ponto de vista, que é quando vais ver o Fb dos papás, e aí percebes que talvez a tua vontade de ir explicar alguma coisa as crianças se afunda num poço sem fundo, visto que no fundo eles só estão a imitar os seus exemplares progenitores!
É que pelo simples mural e com apenas simples mas não inocentes partilhas de imagens ficas a perceber que o pai ja traiu a mae umas 1500 vezes, e a mãe esta a pensar fazer o mesmo visto ja nao aguentar a pressão de o marido nem tentar disfarçar...
Depois a mulher partilha uma imagem que tem a seguinte frase: " Não troque uma vida por uma noite" e comenta em cima: "Devia ter mostrado isto ao meu marido mais cedo, ninguem me compreende!" Minha senhora, já toda a gente percebeu que tudo esta mal ai, mas o Fb nao é o seu melhor amigo, não é o seu conselheiro, nem lhe vai dar respostas para nada!!! Apenas está a expor a sua vida a tudo e todos que ainda irão comentar com o resto do Mundo que não tem Fb...
Depois também há os pais que expõem a sua intimidade ao mais alto nível, onde estão em cima um do outro literalmente e a realizar trocas de salivas, mas ficam indignados por a filha não ter idade para por uma foto de biquíni ... Pois é papás, vocês também já não tem idade para expor essas figuras no FB...
E vão ser estas crianças os adultos de amanhã!
Não sei como é que com a assiduidade e a (auto) exposição das pessoas no Fb o Mundo das revistas cor-de-rosa ainda sobrevive!

terça-feira, 15 de abril de 2014

Porque é que os meus segundos não são iguais aos teus?

O Tempo cada vez passa mais rápido. Quando era pequenina, cansava-me das férias de verão, cansava-me porque o primeiro periodo era eterno, o segundo eterno era, e o terceiro era a altura das aulas com calor, o que era uma seca porque a eternidade multiplicava-se por dois! 
Quando fui para o 5º/6º ano, os dias começaram a ser mais rápidos, mas acho que ainda me cansava das ferias de verão. Entretanto, num instante cheguei ao 10º,  até ao 12º, entrei na faculdade e assim, sem querer, já começo a pensar no fim do curso! Começamos a perceber que estamos a ficar grandes, que as pessoas nos deixam de perguntar o que queremos no Natal, que nos começam a pedir opinião sobre os assuntos sérios da vida, e começamos a perceber que começamos a ficar grandes, que a nossa opinião conta, e, o pior de tudo, percebemos que quando os grandes diziam "Não queiras crescer!", não era a brincar com a nossa cara, nem era para nós termos motivos para os contrariar, era a pura das verdades! 
Quando era criança, o meu ponto de vista sempre foi : "Quanto mais idade, mais liberdade." Agora entendo que o lema é : "Quanto mais liberdade, mais responsabilidade." 
Não é que me importe, porque responsabilidade nunca me faltou (sempre fui um alivio para os papás ;] ), no entanto ouço muitas pessoas dizerem : "Quem me dera voltar a ser criança" ou: "Quem me dera voltar a ser criança e saber o que sei hoje!"
Devo ser das poucas aves raras que não gostava de voltar atrás, na brincadeira costumo dizer "Já viste o que era ter que passar por tudo de novo?!?!"... Só há uma coisa que invejo o meu eu criança, do meu eu adulto. Não é a inocência, pois acho que faz parte do crescer perde-la, não é o tempo de aulas nem os eternos tempos de brincadeira, nem a facilidade com que se fazia amigos.
O que invejo era o tempo que o tempo demorava a passar. Era o ter tempo para contar os segundos, para respirar, para não ter diariamente objectivos a cumprir. Era o conseguir apreciar os momentos e ter tempo para o fazer. O acordar as sete da manhã para ver "Uma Aventura", porque se não acordasse não teria outra oportunidade para o fazer, mesmo que já tivesse visto os episódios todos umas 15000 vezes e ainda hoje saiba muitas falas de cor. Eram as festas de Ano Novo que nunca mais chegavam, era o Natal e todas as festas que só acontecem uma vez no ano, que antes nos faziam pensar que nunca mais chegaria o próximo. E agora? Agora parece que depois de um Natal chega logo o outro!
Mas afinal... se os segundos, os minutos, as horas, os dias e os anos, têm a mesma duração para todos, porque é que agora não tenho tempo para sentir o tempo passar?

sábado, 12 de abril de 2014

Por não me ter lembrado de ti...

Ontem bebi. Bebi e nem me lembrei de ti. Festa, amigos, musica, pessoas mas eu lembro-me sempre de ti… porque estas nos meus lábios, na minha pele, no meu respirar e em todos os nãos que é a única coisa que me sabes dizer. “Não podemos… Isto não pode acontecer… Isto não está certo… “.
Hoje lembrei-me que ontem não me lembrei de ti. Pensei que ia ficar feliz por isso ter acontecido, mas não fiquei. Apetece-me mandar-te mensagem a dizer : “Ontem não me lembrei de ti.” Sei que a tua resposta será qualquer coisa como “Isso é bom” e sei que vais sentir um “Estou a perde-la.”
Vamos nos perder mutuamente, com todos os nãos e mais nãos e mais nãos… Vamos perder-nos no caminho que não está traçado para nós.

Deve-mo-nos ter perdido algures noutro lado para nos termos cruzados neste.


Até a próxima vez, que não me lembrar de ti…

Já te disse mais de mil vezes...

Ainda não sei mt bem para que criei este blog!